Quando se trata de gerenciamento de negócios, a tecnologia tem um papel fundamental na busca por eficiência e resultados. Nesse sentido, uma das ferramentas mais importantes é o ERP para Construção Civil, que veremos neste artigo. 

Em linhas gerais, ERP significa Enterprise Resource Planning, ou seja, Planejamento de Recursos Empresariais. Um sistema que integra diversos processos e setores de uma empresa em um único software. Funciona como uma plataforma única que conecta diversas áreas, como finanças, vendas, estoque, produção, recursos humanos, entre outras. 

Assim, o objetivo principal do ERP é otimizar a gestão dos recursos empresariais, permitindo um maior controle sobre processos e tomadas de decisões mais estratégicas. Com a centralização das informações, é possível eliminar a redundância de dados, reduzir os erros e melhorar a comunicação entre as áreas da empresa. 

No entanto, apesar de sua funcionalidade ampla, existem ERPs específicos para determinados mercados, como é o caso da Construção Civil. Isso ocorre porque, como você deve bem saber, o setor da Construção tem necessidades específicas em termos de gestão, como acompanhamento de projetos, controle de estoques e de recursos. 

Nesse contexto, os ERPs para Construção Civil são desenvolvidos para atender a essas necessidades e fornecer soluções mais eficazes para as empresas do ramo. 

O que é um ERP para Construção Civil? 

Um ERP para Construção Civil é um sistema de gestão empresarial específico para empresas do setor da construção. Ele é projetado para atender às necessidades e demandas particulares dessa indústria, fornecendo soluções eficientes e integradas para a integração e padronização de processos, eliminação de redundância, redução do tempo de operações, informações em tempo real, e muito mais. 

Esse tipo de ERP é desenvolvido levando em consideração as características únicas da indústria. Como, por exemplo, a complexidade dos projetos, o gerenciamento de múltiplas obras simultâneas, a gestão de equipes e subcontratados, a aquisição e controle de materiais, a programação de tarefas e prazos, entre outros desafios específicos. 

Dessa forma, o ERP para Construção Civil oferece uma série de benefícios para as empresas. Ele permite uma visão abrangente e integrada de todos os aspectos do negócio, desde o planejamento estratégico e orçamento até a execução e entrega dos projetos. 

Além disso, facilita o monitoramento e controle dos custos, a alocação eficiente dos recursos, a gestão de fornecedores e parceiros, a otimização dos processos produtivos e a garantia da conformidade com as normas e regulamentações do setor. 

Com a implementação de um ERP especializado para construção civil, as empresas podem aprimorar sua eficiência operacional, reduzir retrabalhos, minimizar desperdícios, melhorar a tomada de decisões estratégicas e aumentar a satisfação dos clientes. Tudo isso acaba reduzindo custos para a construtora, que pode realocar recursos de maneira mais eficiente. 

 

Qual a estrutura de um ERP? 

Para entender ainda melhor o que é ERP, é importante compreender a sua estrutura mais comum. Geralmente, o software é dividido por módulos que refletem duas visões. 

  • Visão Departamental: esta inclui os módulos contábil, financeiro, compras, faturamento, estoque, entre outros. Assim, é possível manter os processos de cada departamento dentro da mesma tela, já que o acesso dos profissionais é exclusivo para aquela área que ele pertence. 
  • Visão por Segmento: os módulos criados devem atender as particularidades do segmento da empresa, tendo, em sua estrutura, os principais processos e rotinas padrões proporcionando uma gestão mais profissional. O ERP voltado para a Construção Civil, por exemplo, deve ter módulos diferentes equivalentes aos setores e também às etapas da obra. 

Vale lembrar que os dados da construtora são armazenados no ERP de forma única, independente do módulo que será acessado. Para o gestor, a visão é macro e as informações de todas as áreas/módulos ficam disponíveis. 

Como os ERPs surgiram?  

A evolução dos ERPs têm muito a ver com o desenvolvimento e modernização dos softwares, principalmente com a criação e otimização de tecnologias. Inicialmente, os softwares tinham seu funcionamento dentro de uma interface textual (character-based interface), e eram desenvolvidos com base UNIX ou DOS. Em alguns computadores, esse tipo de software pode ser visto ao acessar a BIOS (Basic Input/Output System), na inicialização. 

A GUI (Graphical User Interface) foi sendo desenvolvida em paralelo com a interface textual, isso por conta de novas tecnologias, como os mouses. 

Na interface gráfica (presente até hoje), menus suspensos, janelas e outras funcionalidades apareceram para diminuir a curva de aprendizado que o usuário teria nos softwares de interface baseada em texto. 

Uma nova interface 

Os ERPs também evoluíram para interfaces gráficas, alguns ainda permanecem nessa modalidade (de forma muito aprimorada). Com a popularização da internet e o desenvolvimento de dispositivos portáteis cada vez mais avançados, a necessidade em conectar os dispositivos surgiu como uma inovação necessária, muitos softwares e ERPs com interface gráfica desenvolveram versões que se conectavam à internet para manter atualizados os bancos de dados nos servidores, que eram acessados em outros dispositivos. 

Já outros foram além e lançaram suas versões totalmente web que, diferente das outras versões, não dependiam de instalação e, geralmente, eram compatíveis com diversos dispositivos, alguns com aplicativos próprios para garantir mais segurança. 

Recentemente, a popularização dos smartphones, tablets, computadores ultraportáteis e o mercado de aplicativos em crescimento possibilitou o surgimento de muitos softwares de diversos tipos que, diferente de ERPs, tinham foco em resolver o problema de somente uma área específica. O uso desses softwares em detrimento do ERP geralmente acontece quando eles oferecem alguma funcionalidade que atenda a algum problema bastante específico das organizações.  

Com isso, muitas organizações passaram a adotar softwares especializados para atender necessidades muito específicas de áreas como planejamento, orçamento, compras ou relacionamento com o cliente. A vantagem dessa abordagem está em potencializar a performance de cada setor com soluções dedicadas. E, ao mesmo tempo, manter o ERP como ferramenta integradora central, garantindo a fluidez dos dados e a visão unificada do negócio.  

Essa é justamente a proposta do Ecossistema Sienge: oferecer soluções especialistas que se conectam de forma inteligente à plataforma principal. 

 
Funcionalidades de um ERP para Construção Civil 

O ERP para Construção Civil oferece recursos que são projetados exclusivamente para o setor, visando atender às necessidades da Indústria da Construção como um todo. Vamos ver a seguir algumas das suas principais funcionalidades. 

 
Gestão de Projetos 

Um ERP para Construção Civil oferece recursos para o gerenciamento de projetos. Ele permite o acompanhamento das etapas, desde o planejamento até a conclusão, incluindo cronogramas de obra, alocação de recursos, entre outros. Além disso, oferece a possibilidade de gerenciar documentos e fluxos de aprovação, facilitando a comunicação e colaboração entre as equipes. 

 
Orçamento e Controle de Custos 

O ERP possibilita a criação e gestão de orçamentos detalhados para cada projeto de construção. Ele permite o controle dos custos, tanto dos materiais quanto da mão de obra, e comparação com o orçamento inicial, fornecendo informações precisas sobre desvios e variações. Isso auxilia na tomada de decisões para evitar estouros orçamentários e maximizar a rentabilidade dos projetos. 

Compras e Controle de Estoque 

Um ERP para Construção Civil possui funcionalidades que otimizam o processo de aquisição de materiais e controle de estoque. Ele automatiza o processo de compras, permitindo a gestão de cotações, pedidos, recebimentos e pagamentos. Além disso, auxilia no controle do estoque de materiais, evitando a escassez ou o excesso de itens, o que contribui para uma melhor gestão de recursos e redução de custos. 

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Gestão de Subcontratados 

No setor da Construção Civil, é comum contar com subcontratados para realizar determinadas atividades. Um ERP especializado oferece recursos para o gerenciamento desses fornecedores externos, como controle de contratos, faturamento, pagamentos, acompanhamento de desempenho e qualidade, garantindo a eficiência e transparência nas relações com os subcontratados. 

 
Contabilidade e Financeiro 

Um ERP para Construção Civil possui módulos dedicados à gestão contábil e financeira. Ele integra todas as transações financeiras, como faturamento, pagamentos, fluxo de caixa, contas a pagar e a receber. Também fornece recursos para a emissão de notas fiscais, controle de impostos e geração de relatórios financeiros, facilitando a análise do desempenho econômico da empresa. 

 
Controle de Equipamentos e Ativos 

No ramo da construção, o controle de equipamentos e ativos é essencial. O ERP oferece recursos para o registro e acompanhamento de máquinas, ferramentas e outros ativos utilizados nos projetos. Isso inclui informações sobre manutenção, utilização, disponibilidade e alocação, garantindo uma melhor gestão desses recursos. 

 
Essas são apenas algumas das funcionalidades específicas que um ERP para Construção Civil pode oferecer. Cada sistema pode apresentar variações, mas o objetivo principal é proporcionar uma visão integrada e automatizada dos processos do setor, garantindo uma gestão eficiente e otimizada das atividades de construção. 

 
Benefícios ao contratar um ERP para Construção Civil

A implementação de um ERP especializado em Construção Civil traz uma série de benefícios significativos para as construtoras. Além de fornecer uma visão integrada de todos os processos e áreas da empresa, oferece ferramentas específicas para otimizar as tarefas operacionais, melhorar a gestão financeira e proporcionar integração com outro softwares

A seguir, apresentamos alguns dos principais benefícios obtidos ao contratar um ERP para construtoras. 

 
a) Visão e controle dos dados 

Um dos benefícios essenciais de um ERP para Construção Civil é a capacidade de obter uma visão completa e detalhada dos dados. O sistema permite o monitoramento em tempo real de todas as etapas dos projetos, fornecendo informações precisas sobre custos, cronogramas, recursos utilizados, produtividade e outros indicadores-chave de desempenho. 

Com isso, as construtoras ganham uma visão abrangente do negócio, podendo identificar problemas e oportunidades, tomar decisões mais assertivas e alinhar melhor suas estratégias. 

 
b) Otimização de tarefas operacionais 

É possível otimizar e automatizar uma série de tarefas operacionais, reduzindo o tempo e o esforço gastos em atividades manuais e repetitivas. Por meio do sistema, é possível gerenciar de forma eficiente os processos de compras, controle de estoque, alocação de recursos, agendamento de tarefas, entre outros. 

Isso resulta em maior agilidade na execução das atividades, minimização de erros e retrabalhos, aumento da produtividade e liberação de recursos para atividades mais estratégicas. 


c) Integração com outras ferramentas 

Um ERP para Construção Civil é capaz de se integrar com outras ferramentas amplamente utilizadas no setor, como software de desenho assistido por computador (CAD), sistemas de gestão de documentos, ferramentas de planejamento e controle de obras, entre outras. 

Essa integração de dados proporciona uma troca fluida de informações, evita a duplicidade de dados e permite uma visão unificada de todos os aspectos do projeto. A construtora pode aproveitar os recursos especializados de cada ferramenta, enquanto mantém a integridade e a consistência dos dados. 

Uma das frentes que é facilitada por meio das integrações do ERP é a conexão físico-financeira da obra. Ela é a relação entre o cronograma de execução de cada um dos serviços (EAP física) com o orçamento disponível para as etapas de uma obra (EAP financeira). 

Quando o ERP é conectado à tecnologia de planejamento da obra, a conexão físico-financeira se torna mais fácil em função do input automatizado de informações. Dessa forma, as empresas conseguem acompanhar o empreendimento no dia a dia por meio de dados seguros e confiáveis. 

 
d) Gestão financeira completa 

A gestão financeira é um aspecto crítico para qualquer construtora e um ERP dedicado ao setor oferece funcionalidades específicas para uma gestão completa das finanças. Isso inclui controle de contas a pagar e a receber, gestão de contratos, faturamento, controle de custos, emissão de relatórios financeiros, cálculo de margem de lucro, entre outros. 

Com essas ferramentas, a construtora tem uma visão clara da saúde financeira do negócio, facilitando o planejamento estratégico, a redução de desperdícios e a maximização da rentabilidade. 

Como escolher o ERP da sua empresa? 

É importante atentar para alguns aspectos na hora de selecionar o seu ERP: 

  1. Entender a necessidade da empresa: É fundamental que os processos da sua empresa estejam mapeados para a escolha de um bom ERP. Se você não tiver ainda compreendido o funcionamento da empresa de forma macro, com os processos bem desenhados, pode acabar descobrindo que o software selecionado não atende a um ou mais setores ou não integra as áreas que precisam de integração. 
  1. Evitar customizações: Se o ERP vai precisar de um novo módulo especificamente para te atender ou de modificações bastante significativas (e caras!) para que funciona com a sua empresa, faz mais sentido buscar outros que já atendam ao necessário. Se, desde o início, estão pensando em customizar, a escolha provavelmente não foi acertada. 
  1. Fazer um benchmarking: Visite empresas do mesmo segmento que utilizam ERP, entenda como foi o processo de implantação e o funcionamento no cotidiano. A melhor fonte de informações é sempre o usuário! 
  1. Verificar a credibilidade do fornecedor: Há quantos anos está a empresa fornecedora do ERP no mercado? Quantos clientes ela possui? Qual a evolução do software no decorrer dos anos? De que forma vou receber suporte? Essa e outras perguntas devem estar todas respondidas no momento da contratação do ERP. 
  1. Compatibilidade com o processo de trabalho: O ERP atende aos processos mapeados da sua empresa? Sua equipe utiliza smartphones e tablets, o ERP funciona nesses aparelhos? Se é importante o acesso web e tenho equipes na rua, o ERP faz a sincronização sempre que necessário? Essas compatibilidades tanto físicas quanto processuais são extremamente importantes na escolha do ERP, não deixe de envolver as pessoas da sua organização nessa escolha, para isso, siga a próxima dica. 
  1. Definir equipe responsável: É importante definir um grupo responsável por auxiliar a empresa contratada na implementação do ERP, de forma que isso seja feito da melhor maneira possível e com o apoio dos colaboradores. Treinamentos podem ser realizados, programas de conscientização, guias e trabalho em conjunto. 
    Principalmente quando tratamos de ERP para Construção Civil, já que são profissionais diversos que trabalham dentro de um mesmo sistema e precisam estar trabalhando de forma integrada, além da integração que o ERP oferece. 

Como escolher um ERP? Antes de chegar à resposta dessa pergunta é melhor reformulá-la: Como escolher um ERP para a Construção Civil? Fazer o questionamento certo pode levar a sua construtora ao melhor caminho para gestão de negócio e projetos

Existem 11 características que são primordiais para o sistema de gestão que vão ajudar a sua construtora a reduzir custos e ser mais produtiva. Entenda como cada uma delas impacta o negócio da Construção Civil e saiba como escolher o ERP que melhor se adapta à sua construtora. 

✓ 1 – Ser 100% web 

É claro que todos os ERP são online, certo? Tenha cuidado, pois não é bem assim. Os chamado “ERPs on-premise” ou “ERPs híbridos” dependem de instalação local em servidores físicos da empresa ou de softwares específicos no computador do usuário. Pense em tudo o que isso demanda da empresa:  

  • Infraestrutura local robusta: é preciso ter servidores, rede interna e equipe de TI para manter o sistema funcionando; 
  • Acesso limitado: o uso costuma estar restrito ao ambiente da empresa, dificultando o acesso remoto (ou exigindo VPN); 
  • Atualizações manuais: upgrades do sistema precisam ser instalados manualmente, o que pode gerar atrasos ou falhas; 
  • Custo maior de manutenção: exige investimento em hardware, energia, segurança, e equipe técnica; 
  • Interface mais rígida: esses sistemas geralmente têm interfaces menos modernas e menos integradas com apps e automações web. 

Por outro lado, os ERPs 100% web funcionam inteiramente na nuvem via navegador. Um ERP eficiente permite que os usuários autorizados realizem consultas e atualizações de qualquer local. Seja no canteiro de obras, seja na sede da empresa, as informações poderão ser compartilhadas em tempo real. Isso torna o fluxo de informações mais rápido, prático e seguro. 

Portanto, ERPs 100% online têm: 

  • Acesso de qualquer lugar: basta um navegador e conexão com internet, ideal para equipes em campo, home office ou múltiplas filiais. 
  • Atualizações automáticas: sem precisar parar o sistema ou envolver a equipe de TI; tudo é feito pelo próprio fornecedor. 
  • Interface moderna e intuitiva: com foco em experiência do usuário e compatibilidade com dispositivos móveis. 
  • Integração facilitada: conecta-se com outras plataformas web via APIs, como CRMs, marketplaces, sistemas financeiros e aplicativos de obra. 
  • Segurança gerenciada pelo provedor: proteção de dados, backups automáticos e criptografia de ponta são responsabilidades da empresa fornecedora. 
  • Escalabilidade e performance: acompanha o crescimento da empresa sem a necessidade de upgrades de hardware ou instalações. 
  • Menor custo de infraestrutura: não exige servidores locais, equipe de suporte interno ou manutenção física. 
  • Modelo SaaS (assinatura): pagamento recorrente com suporte incluso, ideal para previsibilidade financeira. 

Portanto, certifique-se de que a sua escolha seja 100% web! 

✓ 2 – Ser específico para Construção Civil 

Digite ERP no Google. Provavelmente você já fez isso e caiu aqui. Mas antes de chegar ao lugar certo, passou por vários sites e alguns deles apontavam para gigantes do mercado, que são grandes justamente por oferecerem soluções genéricas. 

Mas você deve procurar por algo específico, voltado para os problemas de uma construtora ou incorporadora, que demande menos adaptações para corresponder às suas atividades. Existem muitos ERPs, a maioria são genéricos, não pensados no ramo específico do negócio. 

Um ERP para a Construção Civil oferece ferramentas confiáveis para fazer orçamentos, cronogramas, diário de obras, controlar custos e acompanhar a execução das obras. Também permite o gerenciamento dos fluxos de compras, estocagem, distribuição de materiais e contratação ou prestação de serviços. Essas e muitas outras funcionalidades permitem o controle dos processos de planejamento, execução, entrega e pós-entrega de uma obra. 

3 – Cruzar informações 

Como qualquer outra empresa, uma construtora ou incorporadora deve ter uma gestão integrada. O setor de compras precisa estar em contato com o de contas a pagar e a receber, para, então, chegar a uma conclusão sobre o capital de giro. Mas não é somente essa a lógica de um negócio da Construção Civil. 

Para trabalhar com uma construtora ou incorporadora, deve ser considerada a venda de imóveis, por exemplo. E esse é um processo bastante específico, assim como as parcerias com corretores e imobiliárias.  

O Creci (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis) de cada estado estabelece o percentual das comissões de cada negócio, 

Mas o que acontece se o seu sistema de gestão não estiver preparado para entender as comissões das imobiliárias e corretores? Você precisará customizar, o que acabará somando e pesando às outras modificações que realmente deixam o ERP com a cara do seu negócio. Com tantas mudanças no sistema, corre-se o risco de engessar a ferramenta e de ter complicações em atualizações futuras. 

Por isso, os ERPs devem ser capazes de receber e fazer o cruzamento de informações de várias áreas diferentes da construtora. 

4 – Reduzir custos 

Nunca imaginou que os processos da sua construtora poderiam ficar mais baratos? Com uma visão detalhada do negócio você consegue ver onde está perdendo dinheiro e no que deve continuar investindo. Isso porque um sistema completo gera relatórios relacionados a todos os setores da construtora. É possível integrar as receitas referentes aos contratos, custos de obra e realizar a apuração da receita de acordo com o POC, possibilitando que a empresa emita relatórios para contabilidade societária e fiscal. 

A compra dos materiais do mês implica em boas vendas a longo prazo, pois dela dependem os acabamentos que enchem os olhos do comprador e a própria qualidade da estrutura, fundamental para a reputação da construtora no mercado. Diante de tais desafios, você precisa de um ERP que reúna informações para mapear os melhores momentos para compra de suprimentos. O programa também precisa fornecer dados para combater o desvio de materiais e auxiliar o controle do estoque. Tudo isso ajuda sua empresa a reduzir custos. 

5 – Integrar com o BIM 

Toda a construção tem um ciclo de vida. Se bem feita, esse período é longo e demanda apenas manutenções preventivas e estéticas. Mas você precisa prever no projeto quando será necessário um reparo corretivo. Será que o ERP que você selecionou faz isso? 

Para conseguir executar essa tarefa, o sistema de gestão deve estar integrado com o BIM (Building Information Modeling), que controla todas as etapas de construção de um projeto, fazendo o inventário e o histórico completo da obra, desde custos com material à mão de obra. 

Para se manter competitiva, sua construtora vai precisar de um sistema de gestão que possibilite a integração com o BIM, ferramenta que tem se tornado cada vez mais essencial para a Construção Civil. 

6 – Ser visualmente útil e agradável 

Pode parecer pouco importante, mas passar o dia olhando para um sistema que é visualmente truncado dificulta o trabalho de todos os setores. Achar o telefone do fornecedor de pisos cerâmicos com rapidez na nota fiscal de compra é uma maravilha. Mas onde estava mesmo? 

Evite se perder em designs pouco funcionais e saiba como escolher um ERP valorizando também o visual, que vai além da estética. 

Na hora de escolher o melhor ERP, procure por aqueles com designs intuitivos e modernos! 

7 – Oferecer suporte 

Se o pneu do carro fura e você tem seguro, basta ligar. Não precisa nem sujar as mãos. A mesma lógica pode acontecer com o setor de TI (Tecnologia da Informação) da sua construtora — ainda mais se for pequeno ou terceirizado — na contratação do ERP. Ele não deve se preocupar com o sistema de gestão. Quem tem que dar assistência é o fornecedor. 

Saiba como escolher o ERP certo considerando se o fornecedor atende às necessidades da sua empresa, pois deve oferecer um suporte personalizado para os clientes

8 – Gerar relatórios úteis 

Se você quer saber como andam as vendas de um determinado projeto, é só pedir para os gestores um relatório. Mas esse processo de extrair as informações estratégicas pode ficar todo nas costas da gerência quando o ERP não é especializado para a Construção Civil. 

Quando você pensou em como escolher um ERP, imaginou que ele poderia vir com um modelo de relatório de custo reprogramado? Essa facilidade ajuda a analisar os custos da obra até o momento da pesquisa de dados e projeta os gastos atuais, para saber com antecedência quanto a obra realmente gastará até o final, permitindo ajustes e maior controle no orçamento. 

Um bom software também gera outros relatórios, em diversos formatos, que facilitam significativamente o controle da execução de uma obra. Entre eles, citamos: 

  • Relatórios gerenciais; 
  • Relatórios de orçamento; 
  • Relatórios de cronogramas físico-financeiros; 
  • Relatórios comparativos entre o planejado e o realizado; 
  • Relatórios de previsão de receitas em cada obra; 
  • Relatórios de movimentações bancárias. 

Com o ERP certo, a sua construtora tem os dados estratégicos sempre à mão! 

9 – Ter um módulo de compras 

A gestão por módulos é o mínimo que você pode esperar quando se pergunta como escolher um ERP. Ele deve ser personalizado de acordo com as necessidades e o porte de sua empresa e contar com diferentes módulos que podem ser contratados individualmente. 

Existem tarefas dentro de uma construtora que geram rotinas específicas e precisam ter seu próprio lugar no sistema. O módulo de compras, por exemplo, deve ser capaz de gerenciar fluxo de compras, fazer previsões financeiras, avaliar fornecedores e fornecer históricos de compras. O ideal é que seja integrado ao módulo Financeiro, confrontando sempre os valores e quantidades orçados. 

10 – Ter um módulo de contratos 

Outro módulo necessário é o de contratos. Muitos ficam sob os cuidados de escritórios de advocacia, por exemplo. Isso os deixa distantes da realidade da construtora. Por isso, o módulo de contratos e medições deve ser capaz de fazer a gestão com empreiteiros e terceiros, além de avaliar o trabalho de cada um, sendo uma ferramenta de controle dessas contratações. 

11 – Estar na nuvem 

A cloud computing tem tomado o mercado porque se tornou a melhor opção para permitir a escalabilidade, ou seja, o crescimento dos sistemas e aplicativos na medida da demanda e das necessidades das empresas. O que resulta em uma melhora de performance e na redução de custos. 

Se você está pensando em como escolher o ERP, considere um fornecedor que ofereça uma opção SaaS (Software as a Service) para desonerar a TI da construtora. O resultado pode ser visto com a redução também das dores de cabeça, por serem os softwares em nuvem muito mais fáceis de implantar e de manter. 

Além do formato SaaS, um sistema completo deve oferecer alternativas de hospedagem em Data Center. De qualquer forma, o que importa é desonerar a TI da construtora, garantindo uma aplicação escalável, disponível e segura. 

Como ter sucesso na implantação do ERP? 

Para ter sucesso na implantação do software, é preciso focar esforços na organização e padronização de processos. Além de saber o que é um ERP, você deve estar ciente que a adesão ao projeto exige profissionais bem qualificados, tempo e recurso financeiro. 

É preciso que as construtoras estejam bem estruturadas e invistam na formação de equipes com profissionais qualificados para fazer a gestão correta dos processos e identificar pontos de melhoria e de reinvenção. 

Ao saber o que é ERP e o adotar como um dos instrumentos de inovação aplicada à gestão, na prática, você irá se deparar com outro desafio: fazer a customização do software para que ele realmente atenda às necessidades da construtora. 

Neste processo, além de uma equipe fortalecida e capacitada, tenha um facilitador pronto para auxiliar os profissionais na jornada de implantação do ERP. Como o consultor costuma atuar apenas em um primeiro momento, é importante eleger um profissional da empresa como gestor do projeto, coordenando e apoiando os profissionais, bem como acompanhando as inserções de dados e ações dentro do sistema. 

O papel do gestor de ERP é ajudar a equipe a entender o que é ERP, para que a ferramenta seja, de fato, incorporada ao dia a dia da construtora.  

Assim, o gestor tem condições de fazer uma gestão integrada conectando fases da obra, processos e pessoas. A contratação de um ERP é o primeiro passo rumo ao aperfeiçoamento da gestão e à conquista de mais eficiência e produtividade. 

Sobre o Sienge Plataforma  

Para que o ERP seja de fato eficiente na sua empresa, é preciso que você conte com uma ferramenta de qualidade.  

O Sienge Plataforma, por exemplo, é uma plataforma especialista que é muito mais do que um ERP, proporcionando o gerenciamento de obras de maneira dinâmica, simplificada e prática. Com mais de 5 mil clientes, ela permite que o trabalhador selecione e personalize sua área da maneira que for mais conveniente para o seu cotidiano. 

 
O Sienge Plataforma faz parte do Ecossistema Sienge, que impulsiona a Indústria da Construção e o Mercado Imobiliário, proporcionando uma gestão totalmente integrada de ponta a ponta. Isso porque ele conta com um portfólio de tecnologias especializadas que se conectam à plataforma, oferecendo soluções de ponta a ponta para as necessidades das empresas do setor construtivo. 

Você pode, por exemplo: 

  • Organizar os processos de compra; 
  • Gerar relatórios gerenciais com dados confiáveis; 
  • Administrar contratos de venda;  
  • Facilitar a cobrança e correção de parcelas com os clientes. 

Possibilidades de integração internas 

Ao utilizar um sistema de gestão da Construção Civil, você consegue gerenciar todas as atividades da sua construtora, sejam estasreferentes ao canteiro de obras, seja ao financeiro. As informações de diferentes áreas se integram, automaticamente, no sistema, de acordo com os módulos contratados. 

Se você fizer pedidos de compra no Suprimentos, por exemplo, estes serão enviados para o Financeiro para a criação de uma ordem de pagamento. Além disso, as notas fiscais são encaminhadas diretamente para a Receita Federal. 

Possibilidades de integração externas 

Outro aspecto muito relevante é a possibilidade de integrar o sistema de gestão da construção civil a um software BIM. No futuro, essa já é uma exigência para qualquer fornecedor do governo. Portanto, é recomendável que as empresas aprendam a criar projetos nesse programa para garantir mais oportunidades nos anos seguintes. 

Softwares como CRM (Customer Relationship Management) para vendas, ou até mesmo chatbots e ferramentas com inteligência artificial também podem ser integrados ao Sienge Plataforma para otimizar ainda mais o fluxo de informações. 

Vai participar de uma licitação para obras públicas? Você pode importar automaticamente as composições e insumos da Tabela SINAPI, de maneira mais ágil e intuitiva. Seus clientes perderam o boleto para pagamento? Via chatbot, você pode oferecer a impressão de uma segunda via. As possibilidades são realmente muitas! 

 
Conclusão 

Um ERP para Construção Civil é uma ferramenta essencial para empresas do setor, oferecendo uma visão integrada e controle eficiente de projetos, custos, recursos e finanças. Com funcionalidades específicas, como gestão de projetos e controle de custos, um ERP proporciona benefícios significativos, como maior visibilidade dos dados, otimização de tarefas operacionais e gestão financeira completa. 

Outro grande benefício é a possibilidade de integrar o sistema ERP com outras ferramentas, como o planejamento de obras, por exemplo. Essa conexão proporciona, na prática, que a empresa tome decisões baseadas com base em informações confiáveis e integradas a respeito dos prazos, custos e exposição de caixa à medida em que o projeto avança. 

A contratação de um ERP é indicada para construtoras que buscam melhorar sua eficiência operacional, tomar decisões mais embasadas e acompanhar o crescimento do negócio. Lembre-se de considerar o grau de maturidade da empresa em relação ao uso de dados e ferramentas, bem como o porte e o crescimento do negócio.